domingo, 13 de novembro de 2011

Eu robô?

"Os primeiros rôbos da ficção tinham um conflito: eles eram criados e programados para dar respostas automáticas e objetivas, mas queriam algo vital e complexo. Em algum momento, as vezes por uma falha no sistema, eles passavam a desejar. E desejar algo que lhes era negado: subjetividade. Condenado às respostas previsíveis, revoltam-se com a sua natureza de autômato. Humanizar-se, sua inspiração maior, significava sentir angústia, tristeza, amor, raiva, alegria, dúvida e confusão. Os robôs da modernidade queriam, portanto, a vida - com suas misérias e contradições. Ao entrar em conflito e ao desejar, os robôs já não eram mais robôs, mas um algo em busca de ser. Um ser humano, portanto.



... Hoje, a pós-modernidade nos encontra em uma situação curiosa: os humanos querem se tornar robôs. Cada vez um número maior de pessoas se oferece em sacrifício, imolando sua vida humana, ao deixar-se encaixar em alguma patologia vaga do manual das doenças mentais e medicalizar o seu cotidiano para se enquadrar em uma pretensa normalidade. E assim dar as respostas "certas".


PARA QUÊ OU PARA QUEM??"


Após ler este texto, a pergunta acima ficou ressoando na minha cabeça por uns minutos. E acredite - eu tomei uma xícara imensa de café. Precisei tomar mais um gole para relacioná-la a minha vida, as nossas vidas. É nossa cultura e estamos todos no mesmo barco, não é verdade?

Mas sim.... Serei eu robô? Nossas relações atualmente tem mudado bastante com o avanço da tecnologia, disso não temos dúvida. Mas o quanto temos nos empenhado para tornar-mos robô é algo a se pensar... Você este mês se deu ao trabalho de desejar parabéns para um amigo sem ser via facebook? Ou abraçou alguém de quem você gosta muito só para sentir o cheiro e calorzinho de um abraço apertado? Você tem chorado, dado risada ou sentido todas estas coisas de maneira sincera, não camuflada? Pois eh, sejamos mais aquilo que Deus, ou quem quer que seja, tenha pensado por nós - Seres Humanos.


Ótimo domingo a todos.

Beijo Grande.

2 comentários:

  1. Também gostei do texto de "não sei quem escreveu", pois você não colocou a referência rsrs

    É, viver tem a sua beleza.
    Alegria, satisfação, amor, prazer... mas também tristeza, decepções, frustrações, igualmente fazem parte desse verbo: viver.

    Naturalmente queremos ficar sempre e apenas com as primeiras características, as boas.
    Mas são justamente as "más" que nos fazem valorizar as boas e lutar por buscá-las.

    Um beijo.

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  2. Verdade... ^^ Bom, o nome dela é Eliane Brum, ela é jornalista, escritora e documentarista. Se não me engano o nome do livro é: "Os robôs já não nos invejam mais".
    Beijo... tinha algo a dizer mas me fugiu agora.

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