quarta-feira, 23 de novembro de 2011

O meu, o seu, os Nossos Apegos


























Certa noite sonhei com bebê, a imagem permaneceu em minha mente por mais tempo, de maneira que não esqueci o sonho - como é de costume. Daí pensei... "vou conversar com Freud. Quem sabe ele não me explica melhor o significado". Depois me dei conta que não adiantaria revirá-lo no caixão (sem querer questionar painho - eu não queria ouví-lo dizer que sonhar com criança teria relação com objetos fálicos) e foi em conversas com amigas, que resolvi procurar em outra fonte.


Logo, o que venho contar hoje, primeiramente, não é nenhuma revelação de gravidez, muito menos que os sonhos tem poder. Como você, caro leitor pode perceber, hoje, no PsiCafé e Bolacha, "choveu" papinha de bebê, cheiro de talco, e leite ao invés de café.


Eis que, numa dentre as tantas prateleiras empoeiradas, me deparo com o tal do Jonh Bowlby. Mas só para deixar com um gostinho de quero mais... Continuaremos este assunto numa próxima sessão. Tomarei meu café agora e quem sabe, os convido para uma terapia familiar...

Sorry... mas a responsividade me chama!

domingo, 13 de novembro de 2011

Eu robô?

"Os primeiros rôbos da ficção tinham um conflito: eles eram criados e programados para dar respostas automáticas e objetivas, mas queriam algo vital e complexo. Em algum momento, as vezes por uma falha no sistema, eles passavam a desejar. E desejar algo que lhes era negado: subjetividade. Condenado às respostas previsíveis, revoltam-se com a sua natureza de autômato. Humanizar-se, sua inspiração maior, significava sentir angústia, tristeza, amor, raiva, alegria, dúvida e confusão. Os robôs da modernidade queriam, portanto, a vida - com suas misérias e contradições. Ao entrar em conflito e ao desejar, os robôs já não eram mais robôs, mas um algo em busca de ser. Um ser humano, portanto.



... Hoje, a pós-modernidade nos encontra em uma situação curiosa: os humanos querem se tornar robôs. Cada vez um número maior de pessoas se oferece em sacrifício, imolando sua vida humana, ao deixar-se encaixar em alguma patologia vaga do manual das doenças mentais e medicalizar o seu cotidiano para se enquadrar em uma pretensa normalidade. E assim dar as respostas "certas".


PARA QUÊ OU PARA QUEM??"


Após ler este texto, a pergunta acima ficou ressoando na minha cabeça por uns minutos. E acredite - eu tomei uma xícara imensa de café. Precisei tomar mais um gole para relacioná-la a minha vida, as nossas vidas. É nossa cultura e estamos todos no mesmo barco, não é verdade?

Mas sim.... Serei eu robô? Nossas relações atualmente tem mudado bastante com o avanço da tecnologia, disso não temos dúvida. Mas o quanto temos nos empenhado para tornar-mos robô é algo a se pensar... Você este mês se deu ao trabalho de desejar parabéns para um amigo sem ser via facebook? Ou abraçou alguém de quem você gosta muito só para sentir o cheiro e calorzinho de um abraço apertado? Você tem chorado, dado risada ou sentido todas estas coisas de maneira sincera, não camuflada? Pois eh, sejamos mais aquilo que Deus, ou quem quer que seja, tenha pensado por nós - Seres Humanos.


Ótimo domingo a todos.

Beijo Grande.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mudanças



A terra era quadrada, ou pelo menos diziam que ela era;



Beijo de cinema... nossa, ele era quase que pornografia a uns tempos atrás;



Nós mulheres já fomos loiras, morenas, multicolores quem sabe...



Todo dia, quando acordamos podemos não perceber a mudança sutil que nos alcança.



Nos olhamos no espelho e lá está - mais um sinal de que o tempo existe para todos nós.



E como o tempo não para assim como os relógios que se quebram, precisamos mudar.



Mas porque é tão difícil mudar? Os leitores do psicafé podem estar se perguntando... Tudo bem, tomem um gole do café, comam umas bolachas que eu direi.



Bom... quando nos vemos frente a uma mudança temos dois tipos de medo: um deles é o de perder o que é conhecido, o outro é do que estar por vir e não sabemos como vamos lidar. Bem ou mal, gosto de acreditar que toda mudança é válida quando conseguimos tirar algo de positivo dela.



É isso!! Tentando manter o blog atualizado pela miléssima vez. Quem sabe eu mudo xD

Vou tomar o meu café agora.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A psicanálise dos contos de fadas - Bruno Bettelheim


[Tirando a poeira da estante...]


Ei... você, em algum momento já pensou que apenas viver cada segundo não seja algo tão importante assim? Ou que além de apenas viver, estar consciente da sua própria existência seja uma das necessidades mais básicas e importântes para significar as nossas vidas? Pois é caros amigos e frequentadores do Psicafé e Bolacha. Me permitam servi-los de uma pequena parcela deste livro (A Psicanálise dos Contos de Fadas). O título me chamou bastante atenção quando o vi empoeirado na estante, confesso que tenho uma tendência a linha Sistêmica Familiar e me deleitar na Psicanálise não é bem o meu forte, mas tentemos...


Contos de Fadas... Eles marcaram nossa infância, serviram para aguçar nossa imaginação e para nos embalar no sono. Mas qual a visão psicanalítica diante deles? O que e em que momento a criança passa a significar?


" Ao contrário do que diz o mito antigo, a sabedoria não irrompe integralmente desenvolvida como Atenas saindo da cabeça de Zeus; é construída por pequenos passos a partir do começo mais irracional.".


Ou seja, tudo é construção é processo. A criança aprenderá de forma gradual a se entender melhor, para a partir daí entender os outros e por fim relacionar-se de forma significativa e satisfatória. Diante disso inclui-se a experiência, as quais darão sentido na vida.


"Para que uma estória realmente prenda a atenção da criança, deve entretê-la e despertar sua curiosidade. Mas para enriquecer sua vida, deve estimular-lhe a imaginação: ajudá-la a desenvolver seu intelecto e a tornar claras suas emoções.". Aqui cabe um gole forte de café preto - Prestem atenção!! IMAGINAÇÃO, INTELECTO E EMOÇÃO. Grande parte da construção identitária do homem está no que a cultura lhe ensina e para as crianças a literatura é extremamente imporante.


Vejamos, o conto de fadas vai mexer nestes pontos porque os contos buscam no inconsciênte da criança os problemas interiores dos seres humanos e diante deles mostra as soluções possíveis.

Os contos transmitem significados manifestos e encobertos que se comunicam com todas os níveis de personalidade humana. Suas mensagens chegam a mente consciente, pré- consciente e inconsciente. "Começam onde a criança realmente se encontra no seu ser psicológico e emocional. Falam de suas pressões internas graves, de modo que, ela de modo inconscientemente compreende e - sem menosprezar as lutas interiores mais sérias que o crescimento pressupõe - oferecem exemplos tanto de soluções temporárias quanto permanentes para dificuldades prementes.".


Então, meio que visita rápida, ou café sem açúcar, fico por aqui. Teria mil coisas para aprofundar neste tema, porém o que importa no momento é compreender a importância que estas estórias têm na vida, ou melhor, na luta de significado de todas as nossas crianças. Pensem bem, nem tudo é apenas passatempo.